domingo, 24 de fevereiro de 2008

Céu.


Céu é o paraíso!

Ao ouvir a cantora e compositora Céu pela primeira vez, você se pergunta: “Meu Deus, como ainda não conhecia esta voz?”.
A exclamação se justifica, não só pela voz suave, aveludada, quase um sussurro, capaz de enfeitiçar ouvidos menos avisados, mas também pelo belo e sofisticado primeiro álbum desta paulista, conduzido pelo excelente Beto Villares. Céu mistura brasilidade ao jazz, transita na Mpb, como se fossem velhas amigas de infância, trazendo renovação e ainda mostra com maestria, como se faz a fusão disso tudo com ritmos africanos, transformando sua música, em algo tão amplo e universal, que rotulá-la seria diminuir-lhe o brilho!
Céu é para ser ouvida, sentida, uma dieta musical rica e balanceada em doses diárias de requinte e bom gosto.
A receita é simples:
Comece o dia com a leveza de “Roda”, de autoria da própria cantora e o clássico de Bob Marley, “Concrete Jungle”. Seu dia já começou melhor!
Bom, durante as próximas horas conceda doses generosas de “Malemolência” ( e o seu “menino bonito”) e a alto astral “Samba na Sola”. E a noite deixe-se levar pelo lirismo e o encanto de “Valsa para Biu Roque”
Ah! Não se preocupe com regras ou tempo de duração, pois esta receita de Maria do Céu é simples: Boa música faz bem aos ouvidos, alegra o coração e inebria a alma.
Ouça sem moderação!

Confere: www.myspace.com/ceuambulante


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Marina de La Riva.


E o Brasil encontrou Cuba!

Marina nasceu brasileira, mas respira ares cubanos, graças a rica mistura familiar (sua mãe é mineira e seu pai cubano, marina nasceu no Rio). Esta diversidade de cultura permitiu um desenvolvimento original, eclético e talentoso.
No seu primeiro CD Marina desfila com harmonia pelos ritmos caribenhos, namora com o baião, flerta com o samba, mas no fundo e o q importa a quem ouve e se delicia é estar diante de uma grande cantora com personalidade, bom gosto e que faz música universal.
Marina é do Brasil, de Cuba, do mundo!
A sua voz é calma, melodiosa e tem o dom de encantar já na primeira música, mas cabe destaque para “Te Amare y Despues”, num tom confessional, emotivo e que mostra todas as credenciais da cantora. Tem ainda a clássica Ta-hi (P´ra Você Gostar de Mim), que foi sucesso na voz de Carmem Miranda, doce, com ar primaveril como quem convida pra uma volta ao som dos pássaros, sentindo a brisa, o cheiro das flores ou o barulho do mar. Segue uma verão intimista do samba “Sonho Meu”, cantado com muita propriedade. “Mariposa” um bolero como há tempos não ouvia interpretado por uma cantora brasileira e “Tin Tin Deo” é uma rumba das melhores safras cubanas.
Aqui mais um ponto a favor de Marina. A escolha correta e minuciosa do seu repertório, sem cair no óbvio, surpreendendo com resgates de clássicos da década de 50! “Ojos Malignos” tem participação de Chico Buarque!
Difícil destacar algo que não seja a própria personalidade da cantora Marina de La Riva, que parece bater insistentemente à porta da MPB disposta a trazer novas cores e novos sabores, afinal nunca antes a ligação entre Brasil e Cuba foi tão musicalmente deliciosa.
2008 nasceu com a cara de uma nova musa da música popular. Carioca? Brasileira? Cubana? Não. Musical!